Finalmente o "Porquê" perdeu a importância
Deu lugar ao "É"
Algures entre um e outro, os olhos secaram
e apesar de manterem uma nostalgia que não
lhes pertence deixaram de ver só a tristeza.
O facto de me sentir a retroceder no tempo...
....ajuda
Sei que de seguida virá a fase do desencanto,
Que terei ainda dias de infinita tristeza,
mas também sei que a minha história é igual a tantas.
Também sei que a beleza que eu lhe vi,
estava nos meus olhos
e se sou capaz de ver tanta beleza
Talvez tenha um valor de que me esqueci
que tenho de voltar a encontrar
E apesar de manter a ideia de que o futuro me foi roubado
E apesar de continuar a sentir saudades do que não vivi
Sei que o "É" veio para ficar
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
domingo, 18 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Pensamento - 30
Não porque os assuntos tratados fossem piores
que habitualmente, mas porque eu ainda não
estou forte.
Qualquer contrariedade me desmotiva, qualquer
brisa é um ciclone.
Nas minhas longas horas de condução, meditei.
Verifiquei de lágrima a espreitar, que sinto a falta
de uma voz que me acalme, alguém que me
garanta que tudo vai ficar bem, mesmo quando
isso não é verdade.
Um ombro onde pousar a cabeça.
No entanto, acreditei, vivi, e ao contrário
de muitos sei o que é ser feliz, mesmo sabendo
hoje, que era sozinha.
Não me arrependo da vida que vivi
Só não percebo porque permaneço
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
domingo, 11 de setembro de 2011
pensamentos - 29
O mal de soltar os sentimentos
É que lhes perdemos o controlo
O mal de viver um grande amor
É que não sobra porque viver
O mal de ser ser feliz
É que já não resta o que esperar
O mal de ser ter tido tudo
É que já não se quer nada
O mal de se ter sido grande
É que que só se pode ser menor
É que lhes perdemos o controlo
O mal de viver um grande amor
É que não sobra porque viver
O mal de ser ser feliz
É que já não resta o que esperar
O mal de ser ter tido tudo
É que já não se quer nada
O mal de se ter sido grande
É que que só se pode ser menor
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Pensamentos - 27
Olho para o ecran, vazio e branco
Tenho tanto para dizer,
mas a fluência de outrora, acabou
Quase na mesma altura em que acabou o sentir
Esta sensação agradavelmente morna, de não sentir
Não fossem as imagens que me invadem os sentidos
e eu acreditaria ter morrido.
Será a morte algo igualmente morno?
Fechar os olhos e nunca mais pensar...
ainda é uma ideia que me seduz,
quase como "a porta mais familiar"
Como dizer o que sinto,
sem a eterna sensação de ridículo
"Nunca faças aos outros o que não queres que te façam"
Aprendi a lição. Creio que era a que me faltava
Tenho tanto para dizer,
mas a fluência de outrora, acabou
Quase na mesma altura em que acabou o sentir
Esta sensação agradavelmente morna, de não sentir
Não fossem as imagens que me invadem os sentidos
e eu acreditaria ter morrido.
Será a morte algo igualmente morno?
Fechar os olhos e nunca mais pensar...
ainda é uma ideia que me seduz,
quase como "a porta mais familiar"
Como dizer o que sinto,
sem a eterna sensação de ridículo
"Nunca faças aos outros o que não queres que te façam"
Aprendi a lição. Creio que era a que me faltava
domingo, 4 de setembro de 2011
Pensamentos - 26
..."Sozinhos em Paris, passeando pelas ruas, a ver as montras, ao longo do cais, viam sem espanto os transeuntes sorrirem-lhes, como se faz com as pessoas felizes.
Ás vezes ele empurrava-a para o vão de uma porta ou para o átrio de uma casa, sempre um pouco escuro, por onde vinha um cheiro de cava, beijava-a e dizia-lhe que a amava."......
História de O - Pauline Reage
Há sonhos difíceis de esquecer.
Ás vezes ele empurrava-a para o vão de uma porta ou para o átrio de uma casa, sempre um pouco escuro, por onde vinha um cheiro de cava, beijava-a e dizia-lhe que a amava."......
História de O - Pauline Reage
Há sonhos difíceis de esquecer.
sexta-feira, 2 de setembro de 2011
Lembra-te
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que todos os momentos
que nos coroaram
todas as estradas
radiosas que abrimos
irão achando sem fim
seu ansioso lugar seu botão de florir
o horizonte
e que dessa procura
extenuante e precisa
não teremos sinal
senão o de saber
que irá por onde fomos
um para o outro
vividos
Mário Cesariny, in "Pena Capital"
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