sexta-feira, 13 de janeiro de 2012


Na curva perigosa dos cinquenta
derrapei neste amor. 
Que dor! 
Que pétala sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor

Que não sabe como é feita: 
amor
Na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar

A nuvem que de ambígua se dilui
nesse objecto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! 
Corpo, corpo, corpo

Verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012